O orgulho da Boa Vila

Santa María A Maior é o orgulho da cidade de Pontevedra, bem como o símbolo do poder do Grémio dos Mareantes, que financiou a sua construção no século XVI. É um dos melhores exemplos de arquitetura gótica da Galiza e foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1931. Cornelius de Holanda e João Nobre são os arquitectos da sua espetacular fachada, que combina os estilos plateresco e manuelino português. Foi consagrada como basílica em janeiro de 1962 pelo Papa João XXIII.

As inúmeras praças de Pontevedra devem o seu nome aos grémios que as ocuparam ou às actividades que acolheram, como é o caso da Plaza de A Leña ou A Ferrería, onde antigamente se fazia forja. As arcadas, que outrora permitiam atravessar toda a muralha da cidade sem se molhar em caso de chuva, albergam agora uma rica e variada oferta de restaurantes e bares. No meio deste emaranhado de ruas estreitas e protegidas, encontra-se o Museu de Pontevedra, um grande ponto de referência cultural composto por cinco edifícios e pelas ruínas de São Domingos.

Ponto de paragem na rota de peregrinação a Compostela, as características setas amarelas do Caminho guiam os passos dos caminhantes até à igreja de A Peregrina, uma joia barroca de 1778; às igrejas de San Bartolomeu e San Francisco, bem como ao convento de Santa Clara.

Algumas das mais belas praças devem o seu nome aos grémios que as ocupavam ou às actividades que acolhiam

A arquitetura civil integra-se no itinerário com o imponente edifício da antiga Secretaria da Fazenda, Monumento Histórico-Artístico desde 1896, o paço de Mugartegui, o Teatro Principal e a Casa Consistorial.

O centro de Pontevedra, premiado internacionalmente pela sua acessibilidade, é o cenário perfeito para um percurso pedestre onde a história é pontuada por uma variada oferta comercial e gastronómica, em praças como a Méndez Núñez ou A Verdura, a Rúa Real ou os arredores do teatro. Depois do almoço é uma boa altura para visitar o Loro Ravachol, ao pé de A Peregrina.