É impossível descrever em palavras a impressão produzida por estas telas gigantescas. O melhor a fazer é optar por sapatos confortáveis e passear pelos mais de 80 locais desta galeria única ao ar livre. A liberdade das criações e a sua variedade de estilos fazem deste festival de arte uma proposta enriquecedora em que obras coloridas como as de Louis Lambert em Urzáiz, os universos abstractos de Pelucas, Liqen ou Peri ou o traço deslumbrante de Lula Goce de Baiona convivem em perfeita harmonia com artistas consagrados como Darío Basso, Mingos Teixeira, Nelson Villalobos, Antón Pulido, Berta Cáccamo ou Xavier Magalhães. As técnicas mais vanguardistas de Popay misturam-se com as formas ilustradas de Nano4814, as mais estruturadas de Antony e Belin e o cocktail de pintura e poesia do Proyecto Ewa.

Talentos em ascensão

Vigo conseguiu reunir um elenco de artistas imbatível, entre os quais se destacam dois nomes. O primeiro é a muralista galega Lula Goce, uma referência a nível estatal que, em outubro passado, conseguiu deixar a sua marca numa fachada do Bronx. Outro dos artistas mais procurados é Mon Devane, de Ourense, que pintou algumas cuncas tradicionais em Coia e que agora se tornou viral com o seu retrato do ator Morris na Travesía de Vigo 130, graças ao sucesso da série televisiva "Fariña".

O artista basco Luis Olaso foi o primeiro a reproduzir "Fiestra", de Urbano Lugrís, no Príncipe. Mas desde então as tintas em spray espalharam-se por Fátima, O Calvário, Teis, Alcabre e renovaram pavilhões municipais, sedes de associações e levaram a arte a uma vintena de escolas.

Vigo, cidade de cor" colocou a cidade de Vigo no mapa europeu da street art, seguindo os passos de Glasgow e Marselha.

O número de fachadas ilustradas com grandes frescos artísticos ultrapassará em breve a centena, o que permitirá alargar ainda mais os percursos.

Visite o sítio Web oficial: http://ciudaddecolor.vigo.org/gl/sitio/